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domingo, 23 de agosto de 2009

A GUERRA FRIA

Clique no link abaixo para o estudo sobre a Guerra Fria.
A GUERRA FRIA

REPÚBLICA FAZ 120 ANOS, MAS A DEMOCRACIA AINDA É UMA CRIANÇA


No dia 15 de novembro de 2009, a República brasileira fará 120 anos. Não obstante, o sistema democrático brasileiro caminha a passos curtos e, mesmo quando tratamos da democracia do ponto de vista restrito, ou seja, analisando apenas a participação política, ainda assim os anos da República não refletem o mesmo período de participação democrática de todos os brasileiros.
A República iniciou-se com um golpe dos republicanos que conseguiram o apoio das Forças Armadas. Sendo assim, os primeiros anos da República foram governados por militares que tentavam impor um modelo militar de administração à nascente República. Durante esse período, conhecido como "República da Espada", foi promulgada a primeira Constituição republicana, em 1891. A nova Constituição aboliu o voto censitário, mas permitia o voto apenas aos homens, alfabetizados, maiores de 21 anos. O resultado disso foi que a participação política dos brasileiros no sistema eleitoral praticamente manteve-se inalterado, uma vez que a quantidade de analfabetos no país ultrapassava os 80% da população. Somando-se isso à não participação feminina nas eleições, mantinha-se o quadro de eleitores muito semelhante à época do Império.
A Primeira República, com a adoção do federalismo, facilitou o controle político dos grupos oligárquicos nos municípios brasileiros. Como o voto era aberto, os coronéis passaram a formar verdadeiros "currais eleitorais" com a prática do clientelismo, uma vez que o Estado não conseguia atender a demanda da população pelos serviços básicos. Assim sendo, além de uma participação mínima de eleitores, a maior parte destes tinha o voto controlado pelos coronéis pelo chamado "voto de cabresto". O resultado de tudo isso foi que, de 1889 a 1930 não houve surpresas nas eleições, os candidatos dos cargos majoritários ganhavam as eleições com mecanismos de manipulação, como a "Política dos Governadores" e a "Política do café-com-leite", ambas interligadas ao controle dos coronéis em seus respectivos municípios.
O golpe de 1930 prometia mudanças significativas no sistema eleitoral brasileiro: voto secreto, direito de voto às mulheres, criação de uma Justiça Eleitoral. No entanto, quando analisamos a chamada Era Vargas (1930-1945), percebemos que pouco houve de democracia política nesse período. vejamos então: entre 1930 e 1934, a Era Vargas viveu o chamado Governo Provisório. Vargas não pretendia cumprir de imediato suas promessas de campanha, ao contrário, após dissolver o Congresso, suspender a Constituição de 1889 e nomear interventores para os estados, continuou governando por decretos, até que a Revolução Constitucionalista de 1932 o fizesse mudar de rumo, convocando uma constituinte.
A constituição de 1934 parecia inaugurar uma nova fase na história do Brasil, no entanto, mesmo durante este período dentro da Era Vargas, conhecido como Período Liberal ou Constitucional, percebeu-se claramente uma postura do governo em direção às propostas fascistas dos modelos europeus da época com a aproximação de Vargas junto à Ação Integralista Brasileira e consequente perseguição aos membros da Aliança Nacional Libertadora. O resultado de tudo isso foi que, após a tentativa fracassada de golpe dos comunistas em 1935, o governo Vargas revelou sua verdadeira face política, a da ditadura. Em 1937, com um golpe de Estado, Vargas permaneceu no poder com o apoio dos militares e permaneceu até 1945, quando a derrota dos regimes ditatoriais fascistas na Segunda Guerra Mundial, atingiu em cheio o modelo implantado pelo presidente brasileiro.
A crítica que aqui fazemos não se refere a todas as ações do governo Vargas. Evidentemente, no governo Vargas houve importante avanços trabalhistas e populares que fizeram deste presidente um dos mais populares da história. No entanto, o que queremos salientar neste artigo é que durante a Era Vargas a participação democrática foi pífia, ficando reservada aos anos de 1934-1937 e mesmo assim, fazendo-se ressalvas. (EM CONSTRUÇÃO)

sábado, 22 de agosto de 2009

ÍNDIOS DA AMÉRICA DO NORTE


PRINCIPAIS GRUPOS INDÍGENAS DA AMÉRICA DO NORTE:

Esquimós:

Os esquimós habitavam a região do litoral do Oceano Ártico (Groelândia, Costa do Labrador e Alasca).

A economia desse grupo estava diretamente ligada ao que a natureza da região proporcionava, ou seja, a caça da foca e de aves, e a pesca da baleia e outros animais de grande porte. Além dos produtos para a alimentação, extraíam desses animais a pele para o vestuário; com o marfim e com os ossos, confeccionavam instrumentos para caça ( pontas de lanças e flechas) e esculturas.

A domesticação do cachorro possibilitou aos esquimós o uso de trenós.

Os algonquinos:

Os algonquinos localizavam-se entre a região sul do Ártico e a região de tundras, denominada Área do Caribu.

Sua economia baseava-se na caça (rena, alce etc.) e na pesca de animais marinhos, principalmente. As áreas de exploração esram hereditárias para cada grupo.

Em termos sociais, os algonquinos viviam em hordas e bandos.

As tribos da Costa do pacifico:

Vários grupos coletores ocuparam essa região de norte a sul.

A economia era fundamentalmente de caça, pesca e coleta, sendo a organização social dividida em clãs. A religião era politeísta, ocorrendo a pratica de enterrar os mortos.

As tribos do deserto:

Sua localização geográfica corresponde a região do rios Colorado e Grande.

Em relação aos demais povos indígenas, notabilizaram-se pela pratica de uma agricultura intensiva com o desenvolvimento da irrigação, pelo conhecimento da tecelagem e da cerâmica e pela arquitetura feita em pedra.

A organização social era um pouco mais complexa que a dos demais povos indígenas.

Os iroqueses:

Esse grupo indígena ocupava originalmente a região oeste inferior do Rio Mississipi; posteriormente, passou a ocupar a região dos Montes Apalaches, na região de florestas.

Em termos econômicos, a propriedade de terra era coletiva; além da pratica da agricultura, sobreviviam da caça e da pesca.

Demais grupos:

Na região da Grande Planície, encontramos os grupos que se dedicavam principalmente à caça do búfalo, os quais acabaram por constituir sociedades nômades, lideradas por um chefe, cujo prestigio era dado pelo contingente numérico de guerreiros no grupo.

O contato com o colonizador:

Não resta duvidas de que o contato com o colonizador branco europeu levou à dizimação desses grupos indígenas. Quando esta não ocorreu, o branco impôs, pela força, a expulsão dos grupos indígenas de suas áreas originais de ocupação, em nome dos interesses econômicos europeus. Tal fato alterou significamente o seu modo de vida, o que indiretamente contribuiu para seu extermínio.

Escrito por SOS Estudante.com
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OUTRAS INFORMAÇÕES:

Durante o processo de dominação da América do Norte, vários povos indígenas entraram em contato com os colonizadores franceses, espanhóis e ingleses. Entre uma infinidade de culturas instaladas naquela região, damos especial destaque aos índios sioux. A origem do termo tem a ver com a expressão serpente e era o termo costumeiramente utilizado pelas tribos inimigas que conheciam esta intrigante civilização, que se auto-intitulava como dakota.

A civilização sioux (ou dakota) é bastante diversificada, e ainda se subdivide em outros três grandes grupos: os tétons, yanktons e santees. Dentro de cada uma dessas divisões temos a presença de uma infinidade de tribos entre as quais se destacavam os hunkpapas, os oglalas e brulés. Em geral as tribos pertencentes à civilização sioux se encontravam na atual região nordeste dos Estados Unidos, local marcado pelas pradarias e os rios da bacia do Missouri e do Mississipi.

As principais atividades econômicas dos sioux giravam em torno da agricultura, onde a plantação de milho possuía expressivo destaque. Além disso, realizavam atividades de caça a animais de grande porte como os búfalos e bisões. A caça desses animais envolvia uma grande preparação capaz de exigir a participação de aldeias inteiras. A carne obtida desse tipo de caça era dividia entre as famílias participantes, os ossos utilizados para o artesanato e fabricação de armas e o couro para a confecção de roupas e tendas.

Os sioux eram aliados dos índios chayennne e tinham os crow como seus mais tradicionais inimigos. Antes da chegada dos colonizadores espanhóis, essa civilização realizava constantes deslocamentos territoriais em busca das manadas selvagens de gado. Com o contato com os colonizadores espanhóis, os sioux passaram a utilizar o cavalo nas atividades de caça e, com isso, sofreram um processo de sedentarização. A partir de então puderam gastar mais tempo na realização de rituais religiosos e mágicos.

A Dança do Sol era um dos mais importantes rituais praticados pelos povos sioux. Nessa cerimônia havia um processo de autoflagelação em que os participantes cravavam estacas pontiagudas na pele, que ficavam presas a um poste de madeira através de uma tira de couro. Depois disso, ficavam várias horas do dia dançando em torno desse poste, até que a pele se desprendesse da estaca. Nesse momento, o ritual alcançava seu ponto máximo com o contato com os seres do mundo espiritual.

Depois do processo de independência dos Estados Unidos, os conflitos entre os colonizadores e os povos sioux aumentaram significativamente. A resistência dessa grande civilização indígena se prolongou até o final do século XIX e marcou o processo de destruição das populações nativas da América do Norte. Atualmente, os remanescentes dos sioux se reduzem a pequenas populações que vivem nos estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul.

Mundo Educação » História da América » Índios Sioux

ÍNDIOS DO BRASIL



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ÍNDIOS DO BRASIL

A CIVILIZAÇÃO DOS INCAS

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OS INCAS

A CIVILIZAÇÃO ASTECA


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OS ASTECAS

A CIVILIZAÇÃO DOS MAIAS

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CIVILIZAÇÃO MAIA

domingo, 16 de agosto de 2009

OS PERSAS

Durante a Antigüidade, a região da Mesopotâmia foi marcada por um grande número de conflitos. Entre essas guerras destacamos a dominação dos persas sobre o Império Babilônico, em 539 a.C.. Sob a liderança do rei Ciro, os exércitos persas empreenderam a formação de um grande Estado centralizado que dominou toda a região mesopotâmica. Depois de unificar a população, os persas inicialmente ampliaram as fronteiras em direção à Lídia e às cidades gregas da Ásia menor.

A estabilidade das conquistas de Ciro foi possível mediante uma política de respeito aos costumes das populações conquistadas. Cambises, filho e sucessor de Ciro, deu continuidade ao processo de ampliação dos territórios persas. Em 525 a.C., conquistou o Egito – na Batalha de Peleusa – e anexou os territórios da Líbia. A prematura morte de Cambises, no ano de 522 a.C., deixou o trono persa sem nenhum herdeiro direto.

Depois de ser realizada uma reunião entre os principais chefes das grandes famílias persas, Dario I foi eleito o novo imperador persa. Em seu governo foram observadas diversas reformas políticas que fortaleceram a autoridade do imperador. Aproveitando da forte cultura militarista do povo persa, Dario I ampliou ainda mais os limites de seu reino ao conquistar as planícies do rio Indo e a Trácia. Essa seqüência de conquistas militares só foi interrompida em 490 a.C., quando os gregos venceram a Batalha de Maratona.

A grande extensão dos domínios persas era um grande entrave para a administração imperial. Dessa forma, o rei Dario I promoveu um processo de descentralização administrativa ao dividir os territórios em unidades menores chamadas de satrapias. Em cada uma delas um sátrapa (uma espécie de governante local) era responsável pela arrecadação de impostos e o desenvolvimento das atividades econômicas. Para fiscalizar os sátrapas o rei contava com o apoio de funcionários públicos que serviam como “olhos e ouvidos” do rei.

Além de contar com essas medidas de cunho político, o Império Persa garantiu sua hegemonia por meio da construção de diversas estradas. Ao mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades comerciais. As trocas comerciais, a partir do governo de Dario I, passou por um breve período de monetarização com a criação de uma nova moeda, o dárico.

A religião persa, no início, era caracterizada pelo seu caráter eminentemente politeísta. No entanto, entre os séculos VII e VI a.C., o profeta Zoroastro empreendeu uma nova concepção religiosa entre os persas. O pensamento religioso de Zoroastro negava as percepções ritualísticas encontradas nas demais crenças dos povos mesopotâmicos. Ao invés disso, acreditava que o posicionamento religioso do indivíduo consistia na escolha entre o bem e o mal.

Esse caráter dualista do zoroastrismo pode ser melhor compreendido no Zend Vesta, o livro sagrado dos seguidores de Zoroastro. Segunda essa obra, Ahura-Mazda era a divindade representativa do bem e da sabedoria. Além dele, havia o deus Arimã, representando o poder das trevas. Sem contar com um grande número de seguidores, o zoroastrismo ainda sobrevive em algumas regiões do Irã e da Índia.

OS HEBREUS

Os hebreus (do hebraico עברים, transl. ʿIvrim, "descendentes do patriarca bíblico Éber") é o nome dado ao povo que viveu na região do Oriente Médio a partir do segundo milênio a.C., e que daria origem aos povos semitas como os árabes e os israelitas, antepassados históricos e espirituais dos atuais judeus.
Origem
Após a saída de Ur, na Mesopotâmia, em direção à Palestina (estreita faixa de terra entre a Fenícia, atual Líbano, e o Egito), os hebreus dividiram-se em tribos, formadas por clãs patriarcais que cultuavam a um único Deus (monoteismo), acreditando ser o povo eleito, onde Deus escolheria determinados membros do grupo para que estes fizessem com que os planos divinos fossem cumpridos. Os clãs eram construídos por um patriarca e pelos filhos e servos; praticavam uma economia baseada no pastoreio, que evoluiu para a agricultura graças à fertilidade das terras do norte e das zonas montanhosas do sul da Palestina. Os hebreus permaneceram por três séculos na Palestina, até a ocorrência de uma violenta seca que abalou a região. Algumas tribos, sob a liderança de Jacó, migraram para o Egito e lá ficaram por quatrocentos anos, período que coincidiu com a dominação dos hicsos, que cooperaram com os hebreus. Quando os hicsos foram expulsos os hebreus passaram a sofrer perseguições e foram condenados a pagar altos impostos e até mesmo foram transformados em escravos. Essa opressão só terminou com o aparecimento de Moisés que liderou o povo hebreu na marcha em direção a Canaã (a chamada "Terra Prometida"). Esse episódio ficou conhecido como Êxodo, e foi retratado no livro bíblico de mesmo nome. Moisés, de acordo com a Bíblia, recebeu de Jeová, no monte Sinai, os Dez Mandamentos, que continham princípios éticos, morais e religiosos que deveriam orientar a conduta do povo hebreu e, principalmente, reforçar a crença em um só Deus. Moisés e o povo hebreu permaneceram por quarenta anos no deserto do Sinai. As dificuldades encontradas na caminhada do retorno a Terra Prometida foram acompanhadas, em vários momentos, do retorno a idolatria e ao politeísmo, obrigando Moisés a reforçar cada vez mais a autoridade. Entretanto, Moisés morreu antes da chegada à Palestina.
O sucessor de Moisés fora Josué, que acabou por concluir a longa jornada a Palestina. Porém a terra já estava ocupada por outros povos como cananeus e filisteus. Seria necessário, então, lutar para conquistar Canaã. Como os patriarcas eram líderes religiosos e não guerreiros, eles deram lugar aos juízes, chefes militares que passariam a comandar os hebreus na luta pela terra. Mais tarde, para unir mais o povo e centralizar os poderes religiosos, políticos e militares, foi fundada a monarquia. Saul, o primeiro rei hebreu, suicidou-se após uma humilhante derrota, sucedeu-lhe então Davi, que havia matado o gigante Golias com uma pedra. Em 966 a.C., Davi morreu e no lugar foi coroado Salomão. Nesse momento os hebreus já possuíam um exercito, uma administração e um governo centralizado. Tudo isso favoreceu Salomão mas o alto custo do padrão de vida da corte real obrigava o povo a pagar altos impostos, isso gerava descontentamento. Com a morte de Salomão ocorreu a divisão da monarquia em dois reinos (Episódio conhecido como Cisma): o de Israel, ao norte formado por dez tribos e cuja capital era Samária e o de Judá, ao sul, constituído por duas tribos e com Jerusalém como capital. Em 721 a.C., o reino de Israel foi conquistado pelos assírios e aproximadamente duzentos anos depois o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, com isso os hebreus viraram escravos – período que ficou conhecido como Cativeiro da Babilônia.
Diáspora
O Cativeiro da Babilônia acabou em 539 a.C., quando Ciro, imperador persa conquistou a Babilônia libertou os judeus, que retornaram a Palestina e reconstruíram o templo de Jerusalém, que havia sido destruído por Nabucodonosor. Em 332 a.C. os persas foram derrotados por Alexandre, o Grande, e os macedônios e gregos passaram a dominar a Palestina, seguido pelo domínio romano, a partir de 63 a.C.. Após a contenção da revolta judaica iniciada em meados da década de 60 d.C., e a destruição de Jerusalém em 70 d.C., os judeus se dispersaram pelo mundo - foi o início da Diáspora Judaica.
Retorno
No século XIX, o movimento sionista, organizado por Theodor Herzl, passou a ocupar terras na Palestina e, com o apoio da Inglaterra, interessada em pender o equilíbrio político e econômico para seus interesses. Dessa forma, a presença judaica passou, aos poucos, a superar a de palestinos, descendentes dos antigos filisteus. Em 1948, a Assembléia Geral da ONU, sob impacto do Holocausto, criou o Estado de Israel, juntamente com a criação de um estado palestino, que consistiria dos territórios da Cisjordânia e Transjordânia. Assim, o povo hebreu, agora conhecido como judeu, voltou à sua Terra Prometida. Enquanto isso, grupos palestinos lutam pela criação de um estado palestino que inclua Jerusalém Oriental, se utilizando inúmeras vezes de atentados terroristas contra Israel (estado que não é reconhecido por eles).

O processo de independência do Brasil

Para compreender o verdadeiro significado histórico da independência do Brasil, levaremos em consideração duas importantes questões:

Em primeiro lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII. Ainda é muito comum a memória do estudante associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o acontecimento na figura de D. Pedro.

Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.

Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do Brasil.
Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema Colonial. No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro". Esta situação de crise do antigo sistema colonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789). Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada pela transição do capitalismo comercial para o industrial.

Os Movimentos de Emancipação
A Inconfidência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro movimento social republicano-emancipacionista de nossa história. Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos ficou muito a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as camadas mais populares, configurando-se num movimento elitista estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como intelectuais, militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram para debilitar o movimento foram a precária articulação militar e a postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a república para o Brasil e na prática preocupavam-se com problemas locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfecho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deflagar a revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas de uma verdadeira devassa.

Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua participação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos inconfidentes, exceto a de Tiradentes. Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado.

Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder da metrópole.

O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, também chamada de Conjuração Baiana. A influência da loja maçônica Cavaleiros da Luz deu um sentido mais intelectual ao movimento que contou também com uma ativa participação de camadas populares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira.Eram pretos, mestiços, índios, pobres em geral, além de soldados e religiosos. Justamente por possuír uma composição social mais abrangente com participação popular, a revolta pretendia uma república acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo governo, as lideranças populares do movimento foram executadas por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos.

Outros movimentos de emancipação também foram controlados, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de 1817. Esta última, já na época que D. João VI havia se estabelecido no Brasil. Apesar de contidas todas essas rebeliões foram determinantes para o agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objetivos republicanos.

A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa

Se o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais relações com Portugal.

Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção ao "sete de setembro".

Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.

Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do capitalismo inglês.

Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora sobre o Brasil. D. João VI retorna para Portugal e seu filho aproxima-se ainda mais da aristocracia rural brasileira, que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas.

O Significado Histórico da Independência

A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi imposta verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral.

Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios.

A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura recolonizadora das Cortes.

D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".

É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3 de junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.

São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, sendo expulso da província. Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.

José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: "É tempo... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal".Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o início do Império, embora a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.

A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.

Os Fenícios

Os Fenícios foram os grandes navegadores da Antigüidade e os criadores do alfabeto.
A Fenícia corresponde atualmente ao Líbano. Os fenícios, um povo de origem semita, estabeleceu-se em 3000 a.C., numa área estreita, com aproximadamente 40 km de largura, entre as montanhas do Líbano e o Mar Mediterrâneo.
Dispunham de poucas terras férteis para o desenvolvimento das atividades agrícola ou pastoril, mas contavam com um extenso litoral. Devido a essas características geográficas, que facilitavam mais o contato com o exterior, os fenícios dedicaram-se às atividades marítimas, sendo considerados os maiores navegadores da Antigüidade. Segundo Heródoto, esse povo foi o primeiro a contornar o continente africano, a serviço do faraó Necao.
Grandes comerciantes, comerciavam todos os tipos de mercadorias, inclusive escravos.
Dominaram o comércio do Mediterrâneo durante muito tempo. Fundaram colônias, como Cartago (norte da África) e Cádiz (costa da Espanha).
A Fenícia não se organizou como um estado unificado. Era formada por cidades-estados independentes, sendo as mais importantes Ugarit, Biblos, Beritos (atual Beirute), Sídon e Tiro.
As cidades-estado, em geral, eram comandadas por um rei, título transmitido pela hereditariedade. Quase sempre o rei governava com o apoio das pessoas influentes da cidade, como sacerdotes, os comerciantes e os membros do Conselho de Anciãos. Nesse conselho, destacavam-se os magistrados (sufetas).
Na sociedade fenícia, a posição social estava relacionada diretamente à riqueza. Dessa maneira, participava do governo uma elite de indivíduos ricos, composta de grandes comerciantes marítimos, donos de oficinas artesanais, negociantes de escravos e construtores de navios.
Com menos poder e importância, vinha a seguir, uma classe de pequenos proprietários e trabalhadores livres, entre eles artesãos, pescadores e camponeses. A parcela social mais explorada era composta por escravos e marinheiros pobres.
Entre os séculos X e VIII a.C., Tiro tornou-se a cidade mais importante pelo sucesso de sua vida comercial e marítima e pelo acúmulo de grandes riquezas, como ouro, marfim, pedras preciosas, perfumes, tapetes, etc. Foi nesse período que a Fenícia viveu seu maior desenvolvimento.
A maior parte dos produtos exportados pelos fenícios era feita nas oficinas dos artesãos, que se dedicavam à:
metalurgia (armas de bronze e ferro, jóias de ouro e prata, etc.);
fabricação de vidros; fabricação de tecidos finos na cor púrpura (tintura obtida com uma substância avermelhada extraída do múrice; molusco do Mediterrâneo);
De várias regiões do mundo antigo, os fenícios importavam metais, pedras preciosas, perfumes, cavalos, cereais, marfim etc.
Com o objetivo de expandir o comércio, os fenícios fundaram também diversas colônias, que serviram como entreposto mercantil, em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha e Sul da Espanha, além de Cartago, no norte da África, a mais importante colônia, estabelecida pelos tírios.
A partir do século VIII a.C., a região (com exceção de Tiro) foi dominada por diversos povos. Primeiro vieram os assírios. Depois chegaram os novos babilônios e os persas. Por fim, em 332 a.C., a Fenícia foi totalmente conquistada por Alexandre Magno, imperador da Macedônia.
Na religião, a independência das cidades fazia com que cada uma tivesse seu próprio deus protetor. Geralmente, chamado de Baal, representando o Sol, e a deusa Astartéia, a fecundidade, às vezes identificada com a Lua.
Os Fenícios, foram os criadores do alfabeto de 22 consoantes. Este alfabeto foi a base para o alfabeto grego, ao qual foram acrescentadas cinco vogais.
O alfabeto nasceu da necessidade comercial de se achar um modo prático que facilitasse o registro escrito das compras e vendas.

sábado, 15 de agosto de 2009

REVOLTAS COLONIAIS LIGADAS À EXPLORAÇÃO DO OURO

Graças à exploração exagerada da metrópole (Portugal) ocorreram várias revoltas e conflitos contra essas medidas.
Guerra dos Emboabas:
Quando as notícias de descoberta de ouro em Minas Gerais se espalharam pelo Brasil, milhares de pessoas migraram para a região. Depois de tanta agitação, o fluxo de forasteiros desagradou os paulistas. Estes, acreditavam que por terem descoberto as minas e por serem colonos da Capitania, tinham o direito exclusivo de explorá-las.
Durante um ano (1708 á 1709) ocorreram diversos conflitos armados nas zonas auríferas, envolvendo os paulistas e os portugueses aliados de recém-chegados a região. Os paulistas apelidaram seus adversários de emboabas. Essa palavra indígena se referia ao fato de que os imigrantes protegiam as pernas e os pés com botas e rolos de panos, ficando parecidos com aves designadas por tal nome.
A derrota dos paulistas
Um dos episódios mais importantes da Guerra dos Emboabas foi o massacre de paulistas pelos emboabas, no chamado Capão da Traição. Um grupo de paulistas chefiados por Bento do Amaral Coutinho prometeu aos paulistas que lhes pouparia a vida, caso se rendessem. Entretanto, quando eles entregaram suas armas, foram massacrados impiedosamente.
Como forma de protesto, os paulistas organizaram uma tropa de mais ou menos 1.300 homens. Esse comando viajou para Minas com o objetivo de aniquilar os emboabas, mas não chegou a atingir aquela capitania. O governo interveio e favoreceu os emboabas. Os paulistas perderem várias minas e tiveram que partir em busca de novas jazidas nas regiões de Goiás e Mato Grosso.
Revolta de Felipe dos Santos
Foi uma revolta movida por fatores econômicos e liderada pelo tropeiro Felipe dos Santos Freire
Um dos objetivos dessa revolta era impedir o estabelecimento das Casas de Fundição e manter a legalidade da circulação de ouro em pó, pois, em 1719, com a criação das Casas de Fundição em Minas Gerais, a circulação de ouro em pó foi proibida.
Em 28 de junho de 1720 teve início a revolta em Vila Rica (atual Ouro Preto). Cerca de 2 000 revoltosos dirigiram-se para Ribeirão do Carmo, atual Mariana, e pressionaram o governador de Minas para que atendesse às suas exigências.
O governador concordou com os pedidos dos revoltosos, pois não contava com forças armadas para enfrentá-los. Assim que conseguiu tropas suficientes, o governador esmagou a revolta, mandando prender os cabeças do movimento.
Filipe dos Santos foi enforcado (16 de julho de 1720), e seu corpo esquartejado após a execução.
Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira aconteceu em 1789 em Vila Rica (atual Ouro Preto). Os inconfidentes temiam a aplicação da Derrama (decorrente da política do quinto) – já que se acentuava a decadência do ouro, em meados do século XVIII.
As idéias de liberdade, trazidas pelos estudantes brasileiros que haviam estudado fora, foram crucias para tomar as medidas necessárias.
Os principais inconfidentes foram os poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa; os padres Carlos Correia de Toledo e Melo e Manuel Rodrigues da Costa; o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade; sem nos esquecermos de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que era dentre todos o que possuía menor posição social (era alferes e dentista prático). No entanto, foi o único a assumir a responsabilidade pelo movimento, inocentando seus companheiros. Os planos dos inconfidentes eram: primeiro, estabelecer um governo
independente de Portugal, criar uma universidade em Vila Rica (atual
Ouro Preto), criar indústrias para que o Brasil pudesse crescer como os
outros países da Europa e fazer de são João del-Rei a nova sede da
capitania.
Tiradentes Esquartejado
Os inconfidentes haviam planejado adotar uma bandeira, que teria a frase latina Libertas quae sera tamen (Liberdade ainda que tardia) e que inspirou a bandeira do Estado de Minas Gerais.
A revolta aconteceria no dia da derrama, que o governo programava para 1788 e acabou suspendendo quando soube da conjuração.
Os planos não deram certo, pois inconfidentes com medo de serem pegos acabaram denunciando seus companheiros. Assim, o governador expediu ordens de prisão para todos os inconfidentes que foram cumpridas.
Apesar de quase todos serem presos, apenas Tiradentes teve confirmada sua sentença a morte, por ser o único trabalhador, colono e sem influência política. No dia 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado, sua cabeça cortada e levada para Vila Rica (atual Ouro Preto). Além da cabeça, seu corpo foi esquartejado e os restos mortais expostos em praça pública como exemplo.

INVASÕES ESTRANGEIRAS E EXPANSÃO TERRITORIAL

Invasões Estrangeiras e Novas Fronteiras
Entre 1580 e 1640, o Brasil esteve sob domínio da União Ibérica. Morto D. Sebastião, em Alcácer Quibir (África), seu primo espanhol, D. Felipe II de Habsburgo, assumiu o trono. A Espanha lutava com ingleses, franceses e holandeses pelo domínio da Europa. Por isso, o Brasil tornou-se alvo daquelas nações.As Invasões Holandesas foram as mais importantes. Os navios da Companhia das Índias Ocidentais (WIC) atacaram a Bahia (1624), e Pernambuco (1630). Seu objetivo: restaurar o comércio do açúcar com a Holanda, proibido pelos espanhóis. Ao Nordeste Holandês foi enviado o Príncipe Maurício de Nassau, com sua política de reconstrução dos engenhos danificados pelas lutas. A Restauração Portuguesa de 1640 quebrou o domínio espanhol e a Guerra de Independência da Holanda prosseguiu. Nassau foi substituído. A política holandesa de arrocho provocou a Insurreição Pernambucana de 1645. E os holandeses foram expulsos em 1654, após as Batalhas de Guararapes.A principal consequência da Guerra do Açúcar foi o declínio da economia canavieira. Os holandeses foram produzir nas Antilhas. Mas a pecuária havia ocupado os sertões nordestinos e os fortes construídos na costa norte haviam gerado povoamento. Esta Expansão Oficial (militar) levou à criação, em 1621, do Estado do Maranhão, a Amazônia separada do Brasil.Bandeiras e Jesuítas
A expansão territorial do Brasil deveu-se em especial às bandeiras montadas pelos paulistas, nos séculos XVII e XVIII. A Capitania de São Vicente vivia isolada do pólo açucareiro nordestino e sua economia de subsistência não assegurava o enraizamento da população pobre.As bandeiras de apresamento predominaram na 1ª metade do século XVII. Os holandeses conquistaram a África ocidental portuguesa e embargaram o tráfico negreiro para a Bahia. Por isso, grandes bandeiras se dirigiram ao Sul e atacaram as missões jesuíticas, capturando os índios, para depois vendê-los. Nas missões, os jesuítas se utilizavam dos índios catequisados como mão-de-obra nas atividades pecuárias, extrativistas,etc. A Companhia de Jesus policiava a sociedade e combatia a expansão do Protestantismo. Os ataques paulistas os expulsaram do sul.As bandeiras de prospecção foram montadas sobretudo na metade final do século XVII e visavam à descoberta de metais preciosos. Com efeito, na última década foi descoberto ouro nas Serras Gerais. A interiorização do povoamento deu origem, então, às capitanias de Minas, Mato Grosso e Goiás.E as bandeiras de contrato visavam à destruição de Qui-lombos. Nesse campo, destacou-se Domingos Jorge Velho na luta contra Zumbi dos Palmares.
Outros grupos que contribuíram com a expansão colonial brasileira:
Militares: principalmente na região da Amazônia, nas fronteiras.
Missionários: na região amazônica e no sul, com a catequese dos índios.
Sertanistas: também na região amazônica, buscando as chamadas “drogas do sertão”.
Vaqueiros: quando proibiu-se a criação de gado no litoral, os vaqueiros passaram a explorar o sertão nordestino, formando a chamada “civilização do couro”. No Sul, a criação de gado de corte também contribuiu para a expansão dessa região.